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Música para maluco dançar

O cronómetro da natureza não falha e, felizmente, os serviços meteorológicos têm mostrado sinais positivos de capacidade de previsão e alerta.

Entramos em mais uma época chuvosa e os sinais que os meteorologistas nos fazem chegar são claros: o país vai enfrentar fenómenos extremos e distintos. Chuva que pode atingir níveis acima do normal em certas regiões do país e seca severa em alguns distritos, com destaque para a província de Gaza.

Na equação há também, pelo meio, o factor ciclones que podem voltar a fazer manobras pelo país.

Na verdade, não se trata de nada de novo. É um ciclo da natureza que no caso da chuva e ciclones, tem um calendário anual e quase certo, e a seca, intervalos de tempo relativamente longos.

A questão agora é o que temos aprendido com estes fenómenos, de modo a minimizar os devastadores impactos económicos e sociais e tornar a chuva, por exemplo, uma bênção e não maldição.

Os problemas estão identificados, as zonas de risco são conhecidas, as soluções, não precisamos inventar, mas, ainda assim, os alertas dos meteorologistas continuam a ser apenas como Música para maluco dançar.

Os planos de contingência continuam mais reactivos e pouco preventivos. Nas zonas de risco ou nas que já sentiram a força da chuva extrema, a situação continua a mesma e, apesar de alguma intenção, ao nível de intraestruturas, a reconstrução continua, regra geral, com fracos padrões de resiliência, fazendo prever que, caso se confirmem os alertas, a presente época chuvosa será, mais uma vez, de lágrimas.

O problema das cheias não é moderno. A seca também não é fenómeno de hoje. Certo que as mudanças climáticas estão a agravar a situação, contudo, há impactos que podem ser minimizados, bastando que haja Planificação, Foco, Mobilização e Determinação.