As mudanças Climáticas são um fenómeno complexo e controverso nos dias que correm. O Planeta tem vindo a transformar-se há milhões de anos.
Podemos destacar a Era Pré-Glacial há milhões de anos, que terminou há 120 mil anos, seguida da Era Glacial que existiu até há 11.000 anos. Desde então o planeta tem vindo a aquecer, até aos dias de hoje.
Este fenómeno é derivado do movimento vertical da Terra à volta do Sol denominado Inclinação Axial, que está na origem das Estações Climáticas do ano e nas variações sazonais em várias partes do mundo.
São factos que o Deserto do Sahara foi uma floresta com fauna específica durante a Era Glacial.
A Europa tal a conhecemos hoje não era habitável por estar coberta de gelo. A África tinha um clima mais frio e seco.
O Amazonas era uma floresta menos densa própria de um clima mais frio e seco. A América do Norte era coberta de gelo glacial.
A Ásia durante a Era Glacial tinha temperaturas mais frias com extensas zonas cobertas de gelo e uma paisagem e fauna apropriada de um clima mais frio. Os níveis do mar eram mais baixos, que expunham terras e civilizações que foram submersas ao longo do tempo. As Mudanças Climáticas são um processo natural do Planeta.
Como é óbvio, há 11.000 anos não havia densidade populacional, veículos automóveis, aviões, barcos e comboios que produzissem Dióxido de Carbono (CO2), tão pouco produção industrial de animais que libertasse Metano (CH4), muito menos industriais poluidoras que libertassem gases para a Camada de Ozono.
A actual Narrativa, é que o aquecimento Global do Planeta é devido a produção desses gases que aceleram o degelo e consequentemente a subida dos níveis dos Oceanos, etc, etc. Quem sou eu para contrariar a dinâmica “científica” dessas decisões que reúnem inúmeros dignitários e diferentes instituições como nas Conferências do Rio, de Kioto, de Paris, e os diferentes COPs.
A história diz, que muitas outras narrativas, também envolvendo dignitários e instituições como ONU, Banco Mundial, FMI, UE e outras que promoveram de forma fundamentalista a Globalização, culminou com a Organização Mundial do Comércio (WTO), que promovia ou impunha o fim das barreiras alfandegárias para que o comércio fluísse de todo mundo para todo mundo.
O que resultou dessa Globalização foi que os países Ocidentais mais industrializados, adquirissem matérias-primas a baixo custo e exportavam produtos acabados para o resto do mundo, perpetuando o empobrecimento dos menos desenvolvidos.
No ano 2000 a China integrou a WTO e dez anos mais tarde tornou-se o maior exportador de bens industrializados do mundo e, como consequência, a WTO foi basicamente desmantelada.
Hoje somos testemunhas de políticas proteccionistas dos Países Ocidentais a fim de dificultarem o comércio global, quando não é em seu benefício, atropelando toda filosofia antes por eles promovida, através da WTO. Mais recentemente, testemunhamos a retirada dos USA (um dos mais poluidores do mundo) do Acordo de Paris, por dificultar o seu desenvolvimento económico e industrial.
Durante o COP 26, foi determinado que o carvão e gás natural fossem descontinuados. Valeram os protestos das economias menos desenvolvidas produtores destes energéticos liderados pela Índia para um adiamento dessa decisão.
Passados alguns meses com o início da guerra na Ucrânia, a UE sofreu a escassez de gás, e hipocritamente, este bloco tornou-se um dos maiores importadores de carvão do mundo, e aumentou a importação de combustíveis fósseis como diesel e gasolina, para satisfazer as suas necessidades energéticas.
Apesar dos factos acima narrados, Moçambique não deve gastar as suas energias a “remar contramaré” devendo ajustar-se à realidade, que oferece inúmeras oportunidades, procurando soluções inteligentes, que acrescentam valor à sua economia, como tem feito a China, com muito sucesso. A Luta Continua!