Hora de contas
Com menos de um semestre para o fim do presente ciclo governativo, fazem-se as contas das promessas feitas para cada sector social.
Nesta edição olhamos para o sector agrário, único que, ainda que de forma preliminar e resumida, fez o seu balanço.
Com base nos indicadores que o sector se propôs, o ministro do pelouro avaliou e deu a missão por cumprida. Mas, queremos nós acreditar que, o que o ministro fez, não pode significar o balanço global do sector. É apenas uma perspectiva centrada na vertente governativa, cuja meta se pode resumir na avaliação da matriz de indicadores de desempenho. Porque, para nós, agricultura não devem ser números, mas, essencialmente, comida no prato de cada moçambicano.
Almejamos, pois, que o balanço do sector, aquele que vai reflectir o essencial do binómio promessa – resultado, ainda esteja por vir. Até lá, duas notas se nos oferece partilharem.
Primeiro: o ciclo governativo prestes a terminar, arrancou, como todos os outros, com muitas promessas que colocaram a fasquia do sector bem alta e, apesar e turbulências que foram caracterizando a maré, a narrativa de superação e vitória foi a nota dominante.
Segundo: quaisquer que sejam os resultados positivos que o sector possa reclamar, não podem deixar ninguém descansado, porquanto, podemos estar perante um castelo de areia. E, sobretudo, no que se nos oferece avaliar, se de facto a agricultura é a base constitucional de desenvolvimento, então a nossa realidade mostra o quão distantes podemos ainda estar na promoção deste desiderato.