Sociedade

O Governo moçambicano vai beneficiar-se de 125 milhões de dólares americanos para impulsionar infra-estruturas resilientes e melhorar a gestão sustentável da água.
A verba representa 33% dos fundos disponibilizados pelo Programa de Resiliência Climática para a África Oriental e Austral (PRRC), apoiado por parceiros multilaterais, incluindo o Banco Mundial.
Na província da Zambézia, o foco recai sobre o rio Licungo, cuja bacia hidrográfica será alvo de intervenções urgentes para mitigar os impactos das alterações climáticas. A região, historicamente afectada por inundações severas, vê agora uma oportunidade para reforçar a segurança das suas comunidades ribeirinhas através da reabilitação de diques e outras infra-estruturas de protecção.
Durante a II Reunião Regional do PRRC, realizada em Matutuíne, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, sublinhou que Moçambique está a viver um aumento sem precedentes de fenómenos extremos como ciclones, secas e intrusão salina, destacando a necessidade de intervenções estruturais.
“O reforço da capacidade nacional de resposta aos choques climáticos passa por soluções sustentáveis, como barragens estratégicas, redes modernas de monitoria hidrológica e uma gestão cooperativa dos recursos”, afirmou.
Além do Licungo, outros rios como o Incomáti, Limpopo, Búzi, Save e Zambeze também estão no centro das atenções. Estudos e obras incluem a barragem de Macuje (Nampula), o descarregador auxiliar da barragem de Corumana, e a reabilitação da infraestrutura dos Pequenos Libombos e Massingir.
A reunião contou com representantes de países vizinhos e organizações como a CIWA (Cooperação para as Águas Internacionais em África), enfatizando a importância da cooperação transfronteiriça para enfrentar desafios partilhados de escassez e gestão de água.
Compartilhar