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Sociedade

Maputo lança concurso de arte sustentável para promoação ambiental

O Conselho Municipal de Maputo anunciou, esta terça-feira (13), o lançamento do EBAS Maputo, Encontro Bienal de Arte Sustentável, um concurso de arte com foco na gestão de resíduos sólidos e na consciencialização ambiental dos munícipes.

A iniciativa foi apresentada em conferência de imprensa conduzida pelo Vereador de Educação, Cultura e Desporto, Osvaldo Faquir, e pelo ambientalista Rui Silva.

O projecto insere-se no Plano de Desenvolvimento Municipal 2024–2028 e pretende incentivar artistas moçambicanos, sobretudo os de Maputo, a transformar lixo em arte. Segundo o vereador, esta é a primeira edição do concurso, cujo tema é “O lixo como matéria-prima”. A iniciativa visa reconhecer talentos e promover o uso criativo de resíduos como forma de sensibilizar a sociedade.

As candidaturas estão abertas a todos os artistas nacionais, e as obras poderão ser submetidas até 20 de Junho. Após essa fase, a exposição será inaugurada a 27 de Junho e estará patente por duas semanas. Posteriormente, será replicada em vários espaços como hotéis, centros comerciais, galerias de arte e eventos culturais, incluindo o Mozambique Fashion Week.

O concurso terá três prémios principais, no valor de 80 mil, 50 mil e 30 mil meticais. A escolha dos vencedores será feita através de um sistema misto: 50% dos votos serão do júri e os outros 50% atribuídos pelos visitantes da exposição. “Não se trata apenas de premiar, mas de valorizar os artistas e estimular a participação activa na construção de uma cidade mais limpa”, disse Faquir.

Rui Silva, parceiro do projecto através da empresa Reciclagem Serviços Limitada, destacou que o EBAS é uma oportunidade para mudar a percepção do lixo como algo descartável. “Não produzimos lixo, produzimos matéria-prima. Precisamos apenas de saber como usá-la e separá-la”, afirmou.

A organização espera que o concurso se torne uma referência nacional, capaz de influenciar positivamente a forma como os munícipes lidam com o lixo e o espaço público. Os responsáveis apelaram à divulgação massiva do evento e ao engajamento dos cidadãos na construção de uma Maputo mais limpa, criativa e sustentável.

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