Search
Close this search box.

Mercado

Cereais influenciam queda do Índice de Preços da FAO no mês de Março

Apesar do comportamento do açúcar e das carnes, pelo 12º mês consecutivo o índice de referência dos preços internacionais de commodities alimentares caiu pelo em Março, impulsionado por quedas nas cotações mundiais de cereais e óleos vegetais, indica a FAO.

Segundo o registo, o Índice os preços internacionais dos produtos alimentares comumente negociados, teve uma média de 126,9 pontos em Março, representando uma queda de 2,1% em relação ao mês anterior e 20,5% abaixo do nível máximo do período homólogo do ano transacto.

Contribuíram para esta realidade um misto de situações, nomeadamente, “suprimentos, a demanda de importação moderada e a extensão da Iniciativa de Grãos do Mar Negro” .

No que diz respeito aos cereais, o Índice de Preços da FAO aponta para uma queda de 5,6% em relação a Fevereiro, influenciado pela desaceleração do custo do trigo (7,1%), que teve como principal causa, “a forte produção na Austrália, melhores condições de colheita na União Européia, alta oferta da Federação Russa e exportações contínuas da Ucrânia”.

Quanto ao milho, os preços mundiais caíram 4,6 por cento, “devido em parte às expectativas de uma safra recorde no Brasil”, enquanto o custo do arroz reduziu 3,2%.

O Óleo Vegetal ficou em média 3,0% abaixo do mês anterior e 47,7% abaixo do nível de Março de 2022, influenciado pela “ampla oferta mundial e a demanda global moderada de importação que reduziram as cotações dos óleos de soja, colza e girassol”, compensando a subida do óleo de palma, afectado pelos níveis mais baixos de produção no Sudeste Asiático, por causa das inundações e restrições temporárias à exportação impostas pela Indonésia.

“Embora os preços tenham caído em nível global, eles ainda são muito altos e continuam subindo nos mercados domésticos, colocando desafios adicionais para a segurança alimentar. Isto é particularmente verdade nos países em desenvolvimento importadores líquidos de alimentos, com a situação agravada pela depreciação de suas moedas em relação ao dólar americano ou ao euro e o aumento do peso da dívida”, enfatizou Máximo Torero, economista-chefe da FAO.

Compartilhar