O Primeiro Ministro, Adriano Maleiane, afasta qualquer relação entre Moçambique e os responsáveis pela intentona golpista de domingo passado na República Democrática do Congo (RDC).
Na primeira recção das autoridades nacionais sobre a ocorrência, que envolveu três cidadãos estrangeiros (dois norte-americanos) e um congolês, nomeadamente, Cole Ducey, Benjamim Polun e Christian Malanga, que tinham residência em Maputo e investimentos no país, Maleiane salientou que apesar destas ligações, é um assunto sem qualquer relação com Moçambique e “tudo o resto é procurar esclarecer um assunto alheio”.
INAMI explica-se
De acordo com alguns documentos oficiais, nomeadamente, Boletim da República, Ducey, Polun e Malanga eram sócios da Bantu Mining Campany e da CCB Mining Solutions, empresas que tinham como parte das suas áreas de actividades, o sector mineiro.
O Instituto Nacional de Minas (INAMI) emitiu nesta quarta-feira um comunicado de imprensa onde assegura que o trio não tem qualquer licença mineira no país.
“Diligências feitas junto às autoridades competentes para o Registo de Entidades Legais no país, verificamos que as referidas empresas estão registadas em Moçambique, mas não são operadoras mineiras” indica o comunicado.
Ainda assim, imagens viralizadas nas redes sociais mostram Cole Ducey numa propriedade de mineração de ouro, que segundo algumas indicações, está localizada no distrito de Guro, na província de Manica, explicando ser uma da sua.
EUA condenam e prometem cooperação
O governo norte-americano prometeu cooperar em todas as investigações necessárias para esclarecer o caso.
“Os Estados Unidos condenam veementemente o ataque a líderes políticos e instituições nacionais da RDC. Os Estados Unidos cooperarão com as autoridades da RDC em toda a medida possível durante a investigação. Apoiamos totalmente que todos os responsáveis sejam levados à justiça” indica um posicionamento atribuída ao porta-voz do Departamento do Estado.
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