A Frelimo aptou pela mudança geracional na sua aposta para a candidatura presidencial nas eleições de 9 de Outubro próximo.
Daniel Francisco Tchapo, de 47 anos de idade é a aposta do partido libertador e será o primeiro a entrar na história como candidato presidencial nascido depois da independência nacional, a 25 de Junho de 1975.
Entrou na corrida como um candidato improvável e saiu como o grande vencedor de uma sessão eleitoral descrita como fracturante, e que acabou com a queda do então secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, que renunciou ao cargo, após sair derrotado na corrida.
De dentro do partido dos “camaradas” Chapo é visto como a encarnação de uma transição geracional, dos que libertaram o país do colonialismo portugês para os filhos da independência.
“Esta eleição marca o momento em que a juventude assume plenamente os passos que a Frelimo deve dar” classifica Caifadine Manasse, antigo porta-voz do partido.
“É uma transição geracional. Processos como estes levam o seu tempo, mas está a acontecer” afirma Samora Machel Jr., que era um dos candidatos manifestos, mas que acabou preterido.
Na sua primeira intervenção após eleição, Daniel Tchapo, prometeu congregar todos os sectores da sociedade para trabalhar pela vitória eleitoral no dia 9 de Outubro.
“Vamos trabalhar com base no programa da Frelimo para a vitória no dia 9 de Outubro. Vamos trabalhar com todos os extractos sociais sem nenhuma excepção”, salientou.
Oposição
A par da Frelimo, o MDM, segundo maior partido da oposição também anunciou o seu candidato presidencial, tendo optado pela continuidade de Lutero Simango, que pela segunda vez vai concorrer para a Ponta Vermelha, o palácio do Chefe de Estado.
De 64 anos de idade, Simango foi, sem qualquer surpresa, a aposta do seu partido, numa eleição em que o edil da Beira, Albano Carige tentou ensaiar a candidatura, mas depois voltou atrás.
A Renamo, principal partido da oposição deverá anunciar na próxima semana o seu candidato, a ser eleito em congresso.
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