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Observadores destacam “eleição ordeira” com alguns problemas no processo

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE –UE) e a congénere da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral divulgaram nesta sexta-feira os seus relatórios preliminares sobre o processo eleitoral que culminou com as eleições da passada quarta-feira, e apontam, nas suas conclusões, um misto de elogios e críticas à forma como o escrutínio decorreu.

“Os órgãos eleitorais conduziram a votação de forma ordeira. As pessoas votaram calmamente e os procedimentos foram maioritariamente seguidos durante a votação e, durante a campanha, as liberdades fundamentais foram geralmente respeitadas”, explicou Laura Ballarín, Chefe da Missão de observação da UE, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

As duas missões falam de aparente discrepância entre o número de eleitores e os dados de pessoas com idade para votar em algumas províncias onde observaram o processo.

“Verificou-se uma notável falta de credibilidade na fiabilidade dos cadernos eleitorais, uma vez que, em várias províncias, se refletia um número de eleitores superior ao da população total em idade para votar, referida no censo demográfico nacional”, apontou Laura Cereza, que criticou também o processo de contagem de votos.

“Verificou-se uma notável falta de confiança na fiabilidade dos cadernos eleitorais e na independência dos órgãos eleitorais. Para além disso, os nossos observadores referiram que a contagem dos votos foi lenta e que sofreu de desorganização e falta de clareza”, apontou.

A Missão da SADC tamb-em diz ter constatado o mesmo problema, mas, depois de uma análise pormenorizada, diz ter encontrado uma explicação.

“A Missão notou que alguns colaboradores perceberam que havia mais pessoas recenseadas do que a população com idade para votar. A missão notou que a maioria dessas percepções foram baseadas em um entendimento errado da comunicação sobre a população registada para votar e o número total de pessoas elegíveis para votar”, clarificou Amani Abeide karume, Chefe da Missão de Observação Eleitoral da SADC.

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