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Agricultura

UNAC rejeita transgénicos e apela a Moçambique para abandonar "práticas ultrapassadas"

A União Nacional de Camponeses (UNAC) vincou, nesta terça-feira (22) a sua oposição contundente à introdução de sementes transgénicas para o sector agrícola no país.

A posição foi vincada pelo Secretário Executivo da organização, Luís Muchanga, durante uma mesa-redonda promovida pelo Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP), no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Terra.

Muchanga criticou frontalmente a realização, prevista para 8 de Maio, de um encontro que visa discutir a eventual libertação de variedades transgénicas no país.

“Não concordamos com essas opções e vimos lutando contra elas desde 2002, quando participámos na Cimeira do Desenvolvimento Sustentável em Durban”, afirmou, recordando que países como o Quénia já recusaram os transgénicos, alertando para os seus riscos à saúde, ao meio ambiente e à soberania alimentar.

Para o líder da UNAC, a tentativa de introduzir organismos transgénicos em Moçambique é “retrógrada e perigosa”, sobretudo num momento em que a comunidade internacional começa a recuar nessas experiências.

“É incompreensível que, enquanto o mundo avança para práticas mais sustentáveis, Moçambique insista em adoptar aquilo que outros já abandonaram”, disse.

Muchanga enfatizou que os transgénicos não respondem às reais necessidades das comunidades camponesas, servindo antes interesses comerciais alheios ao bem-estar rural.

“Essas atrocidades contribuem para a degradação do planeta. Devemos dizer não aos transgénicos em Moçambique”, reforçou, defendendo o direito dos povos à sua semente, ao seu saber e ao seu modo de produção tradicional.

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