Biodiversidade
Workshop internacional reforça resposta ao comércio ilegal de plantas raras e ameaçadas
O tráfico de suculentas e cicadáceas – plantas classificadas como raras, de crescimento lento e grande valor ornamental — tornou-se uma nova frente de preocupação ambiental em Moçambique.
As autoridades alertam que a crescente procura internacional por estas espécies está a alimentar um comércio ilegal que ameaça a flora endémica e os ecossistemas frágeis do Sul de África.
Segundo dados oficiais, em 2021 e 2022, o Aeroporto Internacional de Maputo tornou-se palco de várias apreensões de plantas vivas, em quantidades consideráveis e de origem desconhecida.
Muitas das espécies, algumas endémicas, constam da Lista Vermelha da IUCN e estão protegidas pela Convenção CITES.
É neste contexto que o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), a UEM e o WWF promovem, desde esta terça-feira (21) na localidade de Macaneta, distrito de Marracuene, um workshop que junta representantes de instituições de aplicação da lei, justiça e conservação.
De acordo com uma nota que tivemos acesso, o encontro tem como propósito “fortalecer as capacidades das autoridades na identificação de espécies sensíveis e no combate ao comércio ilegal dessas plantas protegidas”.
Entre os objectivos específicos, estão a compreensão das espécies de maior preocupação em Moçambique e na África Austral, o conhecimento das melhores práticas de investigação e gestão de cenas de crime ambiental, e a promoção da ética e da cooperação interinstitucional.
Para os organizadores, o workshop marca um passo importante na protecção das plantas ameaçadas do país.
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