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Mercado

Tarifas condicionam entrada da carne brasileira no mercado nacional

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) está interessado em expandir a comercialização da sua produção para o mercado moçambicano, mas pede a revisão das actuais tarifas de importação para assegurar a competitvidade.

Apesar da apetência que têm pelo mercado nacional, atraídos por aspectos como as similaridades de hábitos alimentares e as potencialidades de crescimento da demanda de consumo de carnes, nomeadamente, bovina e derivados, os produtores brasileiros ainda não estão a exportar para o mercado moçambicano, por causa das barreiras tarifárias.

“O mercado moçambicano tem potencial considerável para a carne brasileira, especialmente devido ao crescimento da demanda por proteínas de qualidade. No entanto, as elevadas tarifas de importação tornam os produtos brasileiros menos competitivos frente a outros fornecedores que podem ter acordos tarifários mais favoráveis com Moçambique”.

“A análise indica que, sem uma redução dessas barreiras, a penetração da carne brasileira será limitada, a menos que haja uma reavaliação das condições tarifárias”, explicou Paulo Ricardo Campani, responsável pelo departamento das Relações Institucionais da ABIEC, em entrevista exclusiva à Revista Terra.

Detentor do que se classifica como o maior rebanho comercial do mundo, estimado em mais de 197 milhões de cabeças, e uma produção anual de 10.6 milhões de toneladas, o Brasil lidera as exportações de carne bovina, representando cerca de 14% do comércio global.

Realçar que o mercado africano não tem sido famoso para as exportações da carne brasileira. De acordo com dados oficiais, apenas pouco mais de 57 mil toneladas entraram no Mercado continental, concretamente para a Costa do Marfim, Congo, Gana, Angola, Marrocos, Guiné  Equatorial, Argélia, Nigéria, Serra Leoa e Tunísia.

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