Sociedade
A produção de “madeira plástica” resultante de granulados de material plástico descartado é a nova aposta da Sombra Matsinhe, que se torna pioneira ao nível nacional neste tipo de empreitada.
Comum na Tanzânia e Quénia, países que já usam a madeira plástica ao nível da hotelaria, produção de decks, toldos, alpendres, estruturas de lazer para parques de diversão, vedações para pecuária, estábulos, postes de iluminação na via rodoviária, paliçadas para delimitação, de entre outros serviços, a nova aposta do grupo Sombra Matsinhe está na fase experimental, e espera-se que em breve, entre no mercado como alternativa sólida para o uso da madeira natural no sector da construção.
“Estamos numa fase experimental, mas temos uma ordem de cinco a oito por cento de madeira pré-colocada, apenas à espera dos preços. Temos, também, um pensamento de criarmos uma parceria nas grandes cadeias de distribuição de materiais de construção para serem nossos dealers”, explicou Inácio Matsinhe, líder do grupo, assegurando que “estamos a perceber que o resultado neste momento é mais aliciante e promissor”.
A aposta na nova “madeira” é, para Inácio Matsinhe, uma forma de investir no futuro e, de certa forma, contribuir para a preservação florestal.
“Actualmente estamos a destruir as florestas por causa da madeira. Daqui a 50 anos não vamos ter madeira, mas vamos ter muito lixo, incluindo material plástico. Se começarmos agora a apostar em madeira plástica, em substituição da madeira nativa, o ambiente agradece”, defendeu.
Refira-se que o grupo Sombra Matsinhe é uma das referências nacionais na indústria da reciclegem, operando numa cadeia que integra a recolha de lixo, selecção e processamento de material descartado, para reutilização no mercado.
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