Meio Ambiente

Uma porção de sementes de produtos alimentares que enviadas no ano passado para o espaço retornaram recentemente à Terra, naquilo que é considerado um novo marco para os esforços conjuntos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO,) para desenvolver culturas resistentes que podem ajudar a fornecer alimentos ao planeta.
Lançadas do Wallops Flight Facility da NASA em Virgínia, EUA, em 7 de Novembro de 2022, as sementes passaram cerca de cinco meses na Estação Espacial Internacional (ISS), as sementes de Arabidopsis (planta nativa da Europa e Ásia) e Sorgo (cereal) vão agora começar uma jornada de pesquisas laboratoriais para serem rastreados e analisados quanto a características desejáveis.
“O projecto das colheitas cósmicas é muito especial. Esta é a ciência que pode ter um impacto real na vida das pessoas num futuro não muito distante, ajudando-nos a cultivar colheitas mais fortes e alimentar mais pessoas”, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, citado pelo site da FAO.
Por sua vez, o director geral da FAO, QU Dongyu, considera que o regresso das sementes à terra, abre uma nova etapa que pode dar uma nova luz ao futuro do combate á fome, numa altura em que o mundo enfrenta um futuro sombrio, devido às mudanças climáticas que vem comprometendo a produção alimentar.
“Agora que as sementes estão de volta à Terra, podemos ver os efeitos da radiação cósmica, microgravidade e temperaturas extremas e compará-los com os induzidos em nossos laboratórios conjuntos. Este experimento inovador pode ajudar a desenvolver culturas capazes de se adaptar às mudanças climáticas e aumentar a segurança alimentar global”, disse QU Dongyu.
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