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Economia

Salário mínimo sobe mas mantém o sector agro-pecuário como o menos privilegiado 

O Conselho de Ministros anunciou nesta sexta-feira os novos salários mínimos sectoriais, que voltam a confirmar o sector agro-pecuário como o menos privilegiado no país.

Segundo a nova tabela, que entra em vigor com efeitos retroactivos com efeitos a partir de 1 de Julho, a Agricultura, Pecuária, Caça e Silvicultura, o salário mínimo sobe de 6.338 meticais para 6.688 meticais.

Apesar do reajuste, o aumento de apenas 350 meticais mantém milhares de trabalhadores rurais no fundo da tabela salarial, muito abaixo de outros sectores estratégicos.

A diferença é gritante quando comparada, por exemplo, à Indústria Extrativa, onde o salário mínimo chega aos 15.081,08 meticais, mais do dobro do que recebe um trabalhador do campo.

Para o subsector de Pesca Marítima e Semi-Industrial, o novo mínimo passa para 6.626,85 meticais, ultrapassa o valor pago no agro-pecuário.

Analistas e sindicatos alertam que esta disparidade salarial perpetua desigualdades, sobretudo porque o setor agrícola continua a empregar a maior parte da população ativa, principalmente em zonas rurais.

Para muitos, a manutenção de baixos salários no campo compromete a dignidade dos trabalhadores e mina os esforços de modernização e produtividade agrícola.

O Governo justifica que os novos salários tiveram em conta a conjuntura económica nacional e a capacidade das empresas, mas os trabalhadores e as suas organizações continuam a reclamar por políticas mais firmes que garantam uma remuneração justa num setor que sustenta a segurança alimentar de milhões de moçambicanos.

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