Pecuária
SADC Acelera Esforços para Erradicar a Peste dos Pequenos Ruminantes
Com o horizonte de 2030 à vista, a SADC aposta na união e na rapidez de execução como as chaves para vencer uma das mais sérias ameaças à pecuária e à segurança alimentar na região.
A SADC está a intensificar a corrida contra o tempo para erradicar a Peste dos Pequenos Ruminantes (PPR), uma doença viral que ameaça rebanhos e o sustento de milhões de famílias rurais.
Com o prazo global de eliminação fixado para 2030, os países da região procuram acelerar acções conjuntas para travar a sua propagação.
Para reforçar esse compromisso, o Governo de Moçambique, através do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP), acolhe desde esta terça-feira, em Maputo, o Workshop Regional sobre o Roteiro de Erradicação da PPR.
O encontro reúne representantes dos Estados-membros e parceiros internacionais para alinhar estratégias de prevenção, vigilância e resposta à doença.
Na abertura, o Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo, destacou que nenhum país pode vencer esta batalha sozinho.
“Enquanto a doença circular em qualquer parte da região, nenhum de nós estará totalmente seguro”, alertou.
A PPR, também conhecida como “peste das cabras”, provoca surtos capazes de eliminar rebanhos inteiros em poucas semanas.
A região da SADC conta com mais de 50 milhões de pequenos ruminantes, fonte vital de proteína, rendimento e estabilidade para milhões de famílias — sobretudo para mulheres e jovens em zonas rurais.
Entre as principais acções em curso estão o reforço da vigilância epidemiológica, o fortalecimento dos laboratórios, a harmonização dos protocolos de movimentação animal e campanhas de sensibilização comunitária.
Os países da região também defendem financiamento sustentável e formação contínua de técnicos veterinários como pilares essenciais para alcançar a meta de 2030.
Moçambique, que continua livre de casos confirmados, reafirmou o seu compromisso de cooperar no controlo transfronteiriço da doença.
“Erradicar a PPR é mais do que uma meta técnica — é proteger o futuro da pecuária africana e das famílias que dela dependem”, concluiu Juízo.
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