Internacional
A Rússia suspendeu hoje o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro a partir de portos ucranianos, argumentando que os compromissos assumidos em relação à parte russa não foram cumpridos.
A Rússia anunciou hoje a suspensão do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro, a partir dos portos da Ucrânia, alegando falta de cumprimento dos compromissos assumidos.
A suspensão foi anunciada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa, condicionando a retoma das exportações ao cumprimento de questões que actualmente estão a ser violadas.
“Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for cumprida, a Rússia retornará imediatamente à implementação do acordo”, afirmou Peskov, citado pela imprensa europeia.
O porta-voz do Kremlin não foi objectivo sobre o que está na lista de incumprimento e declinou que a decisão tenha a ver com o ataque recente a uma ponte que liga a Crimeia à Rússia.
O acordo vigorava desde o segundo trimestre do ano passado e contribuiu que aliviar a crise de cereais e fertilizantes que assolou o mundo, na sequência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, países que são os grandes fornecedores globais de trigo, cevada, óleo de girassol e outros produtos alimentares.
Um dos impactos que analistas ao nível global alertam que pode vir a resultar da decisão de Moscovo é um aumento temporário de preço dos produtos alimentares, isso caso a suspensão se prolongue para além de um mês.
União Europeia condena
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou a decisão de Moscovo, classificando-a de “decisão cínica” e prometeu que a Europa comunitária vai continuar a transportar produtos agroalimentares.
“A UE está a trabalhar para assegurar a segurança alimentar para os mais vulneráveis no mundo e os corredores solidários europeus continuarão a levar produtos agroalimentares para fora da Ucrânia e para os mercados globais”, disse Von der Leyen.
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