Restrições de exportações da Índia fazem soar alarmes sobre preço mundial do arroz

O preço do arroz no mercado internacional registou no passado mês de Agosto, uma das maiores subidas em 15 anos, ao atingir um agravamento de quase 10% (9,8%).

De acordo com fontes ligadas ao mercado daquele cereal, a subida teve como uma das causas, as restrições impostas pela Índia (o principal exportador mundial do arroz com 40% da quota do mercado) à venda do arroz não basmati para o exterior.

A decisão, adoptada em Julho como forma de conter a escalada de preços a nível interno, mas também pelos alertas do fenómeno climático El Niño, o que para analistas citados pelo portal sul-africano news24, mostra como as alterações climáticas podem perturbar o fornecimento de alimentos.

As previsões recentes indicam que este ano possa vir a ser o mais quente da história da humanidade e os impactos do padrão climático sazonal do El-Niño poderão tornar as condições ainda mais adversas.

Apesar das graves inundações em partes do norte da Índia, o mês de Agosto foi o mais quente e seco de que há registo no país.

A estação das monções, que representa 80% da precipitação anual do país, tem estado muito abaixo dos níveis normais.

Reagindo à decisão da índia, o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Pierre-Olivier Gourinchas, alertou recentemente que os preços globais do arroz podem subir até 15% este ano.

Dados oficiais indicam que no ano passado, a Índia exportou 22 milhões de toneladas de arroz para 140 países.