Clima

O Presidente da República, Daniel Chapo, defendeu esta segunda-feira, em Maputo, a necessidade de uma acção coordenada e solidária para enfrentar os impactos crescentes das mudanças climáticas, especialmente no que toca à gestão dos recursos hídricos e das zonas costeiras.
Falando na abertura do 16º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos (SILUSBA) e do 11º Congresso de Planeamento e Gestão de Zonas Costeiras da CPLP, Chapo destacou, em jeito de alerta, que Moçambique “está entre os dez países mais vulneráveis do mundo aos impactos climáticos extremos”.
Segundo o Chefe de Estado, essa realidade “exige uma acção coordenada, inteligente e solidária, não só ao nível político, mas essencialmente ao nível técnico e científico, através da partilha de experiências, soluções implementadas e inovações estudadas”.
Chapo destacou o investimento em sistemas de aviso prévio e infraestruturas de contenção como parte da resposta nacional aos eventos climáticos extremos.
“Incrementámos o tempo de antecipação dos avisos dos eventos extremos de um para seis dias”, referiu, sublinhando que essa melhoria tem “permitido reduzir significativamente os impactos, com destaque para a prevenção da perda de vidas humanas”.
O Presidente mencionou ainda reformas estruturantes como a nova Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025–2044, que prevê “incrementar a capacidade de armazenamento de água, elevar o acesso à água potável para 70% e o saneamento para 68%”, além de fortalecer a gestão integrada dos recursos hídricos.
Chapo apelou também à cooperação internacional:
“Torna-se imperativo o fortalecimento de estratégias regionais no seio da CPLP e o diálogo com os países com maiores emissões de carbono”, reiterando que estes “têm responsabilidade acrescida na mitigação e adaptação climática”.
O evento reúne especialistas de países lusófonos durante quatro dias para debater soluções conjuntas face aos desafios ambientais globais, com foco na água, resiliência costeira e desenvolvimento sustentável.
Compartilhar