Search
Close this search box.
Poluição ambiental deixa residentes de Moatize em pé de guerra com Vulcan

Residentes dão ultimato à mineradora para resolver o problema, sob o risco de tomarem “todas as medidas legais de protesto”

Residentes da vila carbonífera de Moatize, na província de Tete, estão em pé de guerra com a empresa de exploração mineira Vulcan Moçambique, por causa dos níveis de poluição ambiental provocados pelo processo de extração de carvão.

Trata-se de um problema que já vem de longo tempo, mas que ainda não foi solucionado, o que levou a comunidade de Moatize, a dar um ultimato à mineradora, para que até ao fim da segunda semana de Setembro próximo, resolva o problema.

“Se a presente reclamação não merecer a vossa devida e integral atenção, num prazo razoável de 30 dias, contados da data de submissão da presente reclamação, nos reservamos de tomar todas as medidas legais de protesto e de tutela efectiva dos nossos direitos individuais e colectivos, sem olvidar das competentes indemnizações caso haja lugar para o efeito”, indica um documento entregue na primeira quinzena de Agosto corrente pela comunidade de Moatize.

Através de imagens partilhadas nas redes sociais, a população mostra, por exemplo, constantes nuvens de poeiras densas que tornam o ar irrespirável nas proximidades da mina.

Reagindo em torno do problema, o Centro Terra Viva (CTV), uma organização da Sociedade Civil ligada a questões ambientais, acusou o Governo de estar a fazer “vista grossa”ao problema, sendo esta a causa da situação estar a perdurar.

“Aquele nível de nuvens e poeira, parece-me haver uma situação irregular. E não é preciso ser um especialista para entender que está a haver um fenómeno. Se a população está a reclamar, então, devia haver imediatamente uma aproximação das autoridades, da Agência para a Qualidade Ambiental (AQUA) e de outros, para verificar e poderem resolver a situação”, disse Semântica Remane, Directora-Executiva do CTV, citada pelo diário “O País”.

Por outro lado, aquela responsável disse haver em Moatize, “elementos suficientes para uma intervenção”.

“Não somos médicos especialistas em análise da água ou de partículas, mas acho que o Governo, como tal, ou o Estado moçambicano tem que olhar para isso. Tem que trazer os especialistas necessários para medir o nível de poluição e tomar medidas”, salientou.

 

 

Compartilhar

MENU