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Meio Ambiente

Plástico fora de controlo: cerca de 150 toneladas terminam nos rios e mares
Moçambique continua a registar níveis alarmantes de poluição ambiental causada por resíduos plásticos, resultado do elevado volume de descarte e da baixa taxa de reciclagem.
De acordo com dados oficiais, o país produz anualmente cerca de 116 mil toneladas de plástico, mas apenas 1% — o equivalente a 1.147 toneladas — é reciclado. Ou seja, apenas 10 em cada mil toneladas de plástico ganham uma nova vida através da ainda emergente indústria de reciclagem.
Mais preocupante ainda é o facto de que aproximadamente 17 mil toneladas acabam, todos os anos, em rios e oceanos, comprometendo ecossistemas aquáticos e ameaçando a biodiversidade marinha e costeira em todo o território nacional.
O Governo reconhece a gravidade da situação, cuja face mais visível é o descarte inadequado de resíduos, e reiterou, esta quinta-feira, o compromisso de reverter essa tendência.
Durante as celebrações oficiais do Dia Mundial do Ambiente, o Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo, manifestou confiança nas acções em curso para mitigar o problema, com destaque para a promoção da economia circular.
“Estamos a estimular o engajamento da sociedade civil na reciclagem do plástico, visando a produção de diversos objectos de valor, que não só geram rendimento como também contribuem para a preservação ambiental”, afirmou o Secretário.
Juízo destacou ainda o Programa Valore, que aposta numa gestão sustentável de resíduos, com a construção de infra-estruturas modernas — incluindo aterros sanitários adaptados à reciclagem de plásticos — e uma abordagem de economia circular, com o envolvimento de organizações da sociedade civil e de parceiros nacionais e internacionais.
Refira-se que, desde o ano passado, Moçambique conta com a Taxa Ambiental sobre Embalagens (TAE), que atribui responsabilidade directa a produtores e importadores pelo impacto ambiental das embalagens, sendo considerada uma medida estruturante no combate à crise do plástico.

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