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Clima

Mudanças climáticas ameaçam produção de bebidas na Europa

Entre as bebidas ameaçadas estão algumas marcas de cervejas mais apreciadas e de renomadas marcas globais como a Guinness

A combinação alternada de chuvas fortes, secas e as tempestades, agravadas pelos fenómenos de alterações climáticas, estão a dificultar a produção de bebidas colocando em perigo algumas das bebidas alcoólicas favoritas da Europa.

De acordo com fonts de agências noticiosas euopeias, as chuvas fortes, secas e tempestades entre as bebidas em risco estão os vinho ou as bebidas espirituosas, que “começarão a ter um sabor diferente ou poderão desaparecer por complete”.

Segundo a Euronews, os produtores estão a experimentar formas de proteger as culturas ou alterar as receitas, mas pode não haver uma solução para todas as bebidas alcoólicas em risco.

Relatos indicam que a a produção de uvas está a diminuir, devastada por uma combinação mortal de condições meteorológicas extremas e degradação do solo.

Um estudo publicado no ano passado pela revista científica iScience já fazia soar os alarmes sobre o declínio de colheita de algumas matérias primas essenciais na produção de bebidas.

“Os fenómenos súbitos e intensos de precipitação desencadeiam a erosão repentina do solo e as “falhas de declive” nas vinhas íngremes de Valdobbiadene e Conegliano, onde é produzido o prosecco de maior qualidade”, escreve a Euronews., que aponta a seca como outro problema que torna a irrigação das culturas extremamente difícil.

“A instabilidade do tempo – provocada pelas alterações climáticas – pode reduzir as colheitas de uvas para vinho em Itália até um quinto”, escreve a nossa fonte, citando as estimativas de produtores.

Os casos da Inglaterra e Hungria

A pálinka é uma aguardente de fruta tradicional que é produzida na Hungria desde a época medieval. É produzido por frutos como ameixas, alperces, maçãs, peras, framboesas, groselhas e as cerejas, e algumas destas estão a tornar-se cada vez mais difíceis de cultivar.

“Os ventos dominantes do Oeste estão a enfraquecer e as condições meteorológicas do Norte e do Sul estão a chegar com mais frequência” e, “em consequência, os frutos jovens congelam nas árvores na primavera e as culturas têm de enfrentar uma seca extrema no verão”.

“Alguns produtores experimentaram plantar árvores de floração tardia para evitar as geadas de Maio, mas isto dá ao pálinka um sabor diferente”, salienta a nossa fonte.

Já no Reino Unido, “a grande cerveja britânica pode ser uma coisa do passado à medida que o clima muda. O tempo quente e seco está a prejudicar o crescimento do lúpulo, que dá à cerveja o seu sabor amargo”.

Os cientistas estão a trabalhar na criação de variedades de lúpulo resistentes às alterações climáticas para evitar o desaparecimento da bebida.

De acordo com fontes, a produção de lúpulo na Europa poderá diminuir até 18% até 2050, o que significa que as cervejas do continente também estão em risco.

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