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Economia

Moçambique aposta em triplicar capacidade energética até 2030

A Estratégia de Transição Energética e o novo Atlas de Energias Renováveis foram os principais marcos da 4.ª edição da RENMOZ 2025, evento que teve lugar em Maputo nos dias 23 e 24 de Abril. Com estas iniciativas, o Governo projecta triplicar a capacidade de produção de energia renovável até 2030 e garantir electrificação inclusiva e descentralizada, especialmente para zonas rurais.

Durante a conferência, foi aprovado o primeiro projecto eólico do país, com capacidade de 130 megawatts, a ser instalado no distrito de Namaacha. Este investimento insere-se na meta do Executivo de captar cerca de 338 mil milhões de meticais (equivalentes a 5,2 mil milhões de dólares) para dinamizar o sector energético nacional, segundo noticiou o OEconomico.

A RENMOZ 2025 também foi palco para o reforço das relações internacionais. A União Europeia, através do embaixador Antonino Maggiore, reafirmou Moçambique como parceiro estratégico na iniciativa Global Gateway, destacando a energia como uma das áreas prioritárias de cooperação.

Sessões de networking e pitching entre representantes do Governo, sector privado e instituições financeiras internacionais permitiram o fortalecimento de parcerias público-privadas. A conferência sublinhou a importância do sector privado como motor na concretização das metas energéticas traçadas.

O Atlas de Energias Renováveis agora disponível apresenta dados técnicos detalhados sobre o potencial de cada província moçambicana, tornando-se uma ferramenta essencial para investidores e decisores. O documento mapeia os recursos solares, eólicos e hídricos do país com precisão.

Segundo o OEconomico, a Estratégia de Transição Energética apresentada pelo Governo define objectivos concretos para a redução de emissões, aposta em fontes limpas e financiamento climático inovador, reforçando o papel de Moçambique na liderança energética africana.

Com uma visão centrada no desenvolvimento sustentável, a RENMOZ 2025 consolidou-se como um evento estratégico para o futuro energético do país. O envolvimento dos diversos actores e o alinhamento com agendas globais posicionam Moçambique como exemplo de transição energética responsável e ambiciosa no continente.

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