Meio Ambiente

O Presidente da República, Daniel Chapo, reafirmou nesta quarta-feira (21) o compromisso de Moçambique com a transição energética, anunciando metas concretas para a expansão das fontes renováveis até 2040.
O pronunciamento foi feito na abertura da Conferência Internacional dos 50 Anos da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), em Maputo.
“Moçambique está comprometido com a expansão das energias renováveis como parte da sua estratégia energética de longo prazo, esperando-se que a energia solar e eólica represente 20% da matriz energética do país até ao ano de 2040, marcando um avanço significativo em direcção a uma matriz energética mais limpa e sustentável”, declarou o Chefe de Estado.
Segundo Chapo, até 2030 o país prevê instalar 266 megawatts (MW) de capacidade solar e 210 MW em energia eólica. Entre os projetos em curso, destacou a central solar Cuamba II, no Niassa, com 20 MW, e os futuros parques eólicos em Inhambane e Namaacha.
“Estamos a testemunhar uma expansão significativa em todo o sector energético, com um foco crescente numa variedade de fontes renováveis, incluindo biomassa, energia hídrica, solar e eólica. Essa diversificação energética é crucial para garantir a sustentabilidade e a resiliência do sector”, afirmou.
O Presidente sublinhou ainda o papel estratégico da energia para o desenvolvimento económico e social:
“A produção de energia eléctrica para satisfazer os nossos objectivos de industrialização e geração de emprego, principalmente para a nossa juventude, figuram no topo das nossas preocupações como Governo”.
Chapo reforçou também os investimentos em hidroeletricidade, como o projecto Mphanda Nkuwa, que adicionará 1.500 MW, além de novas barragens sobre o rio Zambeze, que concentra 80% do potencial hidroenergético do país.
As metas do Governo alinham-se com o Africa Energy Outlook 2024, citado no discurso presidencial, que aponta Moçambique como responsável por até 20% da produção energética africana até 2040.
Segundo o relatório, o país poderá atingir uma capacidade total de 187 gigawatts (GW) e integrar a lista dos dez maiores produtores mundiais de energia.
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