Economia
– Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural estima que os danos atinjam cerca de 120 milhões de dólares
Quinze mil hectares de campos de cana-de-açúcar, o correspondente a pouco mais de metade do canavial da Maragra, no distrito da Manhiça, Província de Maputo, continuam inundados, na sequência das fortes chuvas que assolaram a região sul do país, no início do passado mê de Fevereiro.
Os dados foram revelados nesta segunda-feira, pelo Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, depois de uma visita de sobrevoo à região, para ver a dimensão dos estragos.
“A destruição é muito grande. Estamos a falar de cerca de 120 milhões de dólares, campos completamente alagados”, disse o ministro, numa avaliação geral.
De acordo com os cálculos, da área inundada, mais da metade (cerca de 8500 mil hectares) pertence aos camponeses locais, subcontratados para produzir a cana sacarina para fornecer à açucareira da Maragra, calculando-se desde já, enormes perdas para os produtores.
“Os dados da avaliação preliminar indicam que serão necessários cerca de mil milhões de Meticais só para recuperar a área perdida dos subcontratados, onde serão precisos cerca de 650 milhões de Meticais para o replantio e cerca de 350 milhões de Meticais para a reposição de infraestruturas de transportes e drenagem, diques, entre outras”, disse Celso Correia.
Recorde-se que, ainda na província de Maputo, a açucareira de Xinavane anunciou, recentemente, a suspensão temporária das exportações, mas do lado da Maragra, há garantias de que para o mercado nacional, o abastecimento está assegurado.
“Ficamos confortados, primeiro, em saber que não haverá roptura de stock de açúcar no país; segundo não se antevê a subida do preço do açúcar, pelo menos por agora”, salientou o ministro.
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