Clima
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos da América indica que Julho deste ano foi o mês mais quente já registrado desde 1850 ao nível mundial.
Numa análise de dados agregados de mais de um século, aquela autoridade climática indica, num relatório divulgado nesta terça-feira (13), que Julho completou uma sequência de 14 meses consecutivos de calor, superando a marca estabelecida entre Maio de 2015 e Maio de 2016.
Enquanto isso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), revela que uma em cada cinco crianças vivem em áreas que enfrentam, pelo menos, o dobro do número de dias extremamente quentes em comparação com seus avós.
A nova análise da agência, divulgada nesta quarta-feira, fez uma comparação entre a média dos anos de 1960 e 2020-2024, e alerta sobre a velocidade e a escala em que os dias extremamente quentes, ou seja, com temperaturas acima de 35°C, estão a atingir quase meio bilião de crianças em todo o mundo, trazendo consequências para “a saúde, o bem-estar e as rotinas diárias das crianças”.
O estudo aponta 16 países onde as crianças enfrentam mais de um mês de dias extremamente quentes adicionais em comparação com seis décadas atrás, com destaques para a África Ocidental e Central, onde há maior exposição a dias.
“Cerca de 123 milhões de crianças enfrentam actualmente pelo menos 95 dias de temperaturas acima de 35°C por ano”, indica o estudo que aponta que, no Mali, por exemplo, o valor chega a 212 dias, no Níger 202, no Senegal 198 e no Sudão 195″.
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