Meio Ambiente
– O fraco progresso no apoio à adaptação necessária para as comunidades e países cada vez mais afectados pelos impactos das mudanças climáticas, é um dos problema que faz soar os alarmes.
O Fórum Económico Mundial (WEF na terminologia inglesa) alerta para a prevalência de elevados riscos climáticos e ambientais durante a próxima década, salientando o fraco nível de capacidade de resposta ao nível global.
Na 18ª edição do Relatório sobre os Riscos Globais divulgado na cimeira de Davos, que decorre desde hoje na Suiça, o WEF aponta a “falta de um progresso profundo e coordenado nas metas climática” como um problema que “expôs a divergência entre o que é cientificamente necessário para alcançar a neutralidade de carbono e o que é politicamente viável”.
De acordo com o relatório, os crescentes aumentos da procura de recursos dos sectores público e privado, por exemplo, “reduzirão a velocidade e a escala dos esforços de mitigação nos próximos dois anos”.
Paralelamente a esta questão, o relatório destaca ainda o fraco progresso no apoio à adaptação necessário para as comunidades e países cada vez mais afectados pelos impactos das mudanças climáticas, como outro problema que faz soar os alarmes.
“À medida que as crises actuais desviam recursos dos riscos que surgem a médio e longo prazo, os encargos sobre os ecossistemas naturais aumentarão devido ao seu papel ainda subestimado na economia global e na saúde global do planeta” salienta o relatório.
Os pesquisadores frisam que para reverter o perigoso cenário em perspectiva, é preciso agir forte e rápido na conservação da natureza e combate às mudanças climáticas.
“Sem mudanças políticas ou investimentos significativos, a interacção entre os impactos das mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, a segurança alimentar e o consumo de recursos naturais acelerará o colapso do ecossistema, ameaçará o suprimento de alimentos e os meios de subsistência em economias vulneráveis ao clima, amplificará os impactos dos desastres naturais e limitará o progresso futuro sobre mitigação climática” alerta o relatório.
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