Search
Close this search box.

Meio Ambiente

Nyusi critica resistência na implementação do Acordo de Paris

O Presidente da República, Filipe Nyusi, criticou hoje o que classifica de inércia dos países industrializados na implementação do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Nyusi, que falava nesta terça-feira, na abertura do VII Congresso Lusófono sobre a Educação Ambiental, disse que apesar de haver cada vez maior consciência ambiental, demonstrado pela realização de várias conferências e fóruns mundiais, o mundo continua a registar pouca acção concreta para responder aos alarmes que há muito começaram a soar sobre o futuro do planeta.

“O que nos preocupa é o incumprimento dos acordos alcançados, sobretudo por parte dos países industrializados, que são os maiores causadores das mudanças climáticas” disse o estadista.

Deste modo, Nyusi junta-se a vários líderes mundiais que duvidam do alcance das metas estabelecidas na COOP 21, realizada em Paris, que tem como uma das orientações, a manutenção da temperatura média global abaixo de 2 graus centígrados em relação aos níveis pré-industriais e limitar o  aumento em 1,5 graus Celsius.

“Um relatório de 2021 produzido pelo painel intergovernamental sobre as mudanças climáticas indica que para que a meta 1,5 graus celsius seja atingido, as emissões do CO2 devem ser reduzidas em 40% até 2030, o que será difícil, devido a relutância dos países industrializados em cumprir o Acordo de Paris” disse, no seu discurso de ocasião.

Ainda assim, o estadista moçambicano destacou a necessidade dos países continuarem a fazer de tudo para contribuir na preservação do ambiente, o que passa, sobretudo, pela educação e valorização dos conhecimentos das comunidades.

“A educação ambiental não deve ser vista como direccionada às comunidades num sentido. Ela mostra-se como uma ferramenta crucial para alcançar o desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões, mas movido, sobretudo para os mais poluentes” salientou.

O VII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP) decorre até sexta-feira e tem como objectivos, promover o intercâmbio científico, oportunidades de cooperação e partilha de experiências pedagógicas entre os países lusófonos.

Compartilhar