Novas projecções divulgadas esta semana pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alertam para um elevado potencial de riscos climáticos à biomassa de peixes exploráveis ​​em quase todos os oceanos do mundo, com destaque para os principais países produtores e com alta dependência de alimentos aquáticos.

De acordo com as projecções contidas no relatório sobre os riscos das mudanças climáticas para ecossistemas marinhos e pesqueiros, até meados do presente século, prevê-se um declínio de mais de 10% da biomassa dos peixes, particularmente no cenário de altas emissões.

“Até o final do século, no cenário de altas emissões, que projecta um aquecimento global de 3–4,0 °C, os declínios pioram para 30% ou mais em 48 países e territórios” revela o relatório, que aponta regiões como as Zonas Económicas Exclusivas do Peru e da China, como sendo as que mais declínios poderão registar.

Refira-se que dados recentes sobre o Estado Mundial da Pesca e da Aquicultura (SOFIA), indica que a produção mundial de pesca e aquicultura atingiu um novo recorde de 223,2 milhões de toneladas em 2022.