Meio Ambiente

– Estudo da revista “Scientist” destapa o que parece ter sido uma estratégia deliberada da multinacional norte-americana de petróleo e gás, de ignorar os alertas sobre o impacto das suas actividades nas alterações climáticas.
Um estudo publicado nesta sexta-feira (13) revista “Science” revela que cientistas da multinacional petrolífera norte-americana, Exxon Mobil, tinham previsões exactas, desde a década de 1970, do impacto das actividades da empresa no aquecimento global, “mas a empresa nada fez e alegou repetidamente que o aumento da temperatura do planeta era mera especulação”.
Segundo o “Scientist”, as projecções climáticas relatadas pelos cientistas da gigante petrolífera norte-americana entre 1977 e 2003 “foram precisas e hábeis em prever o aquecimento global subsequente”.
“Algumas projecções sugeriram aquecimento um pouco excessivo e outras não o suficiente, mas a maioria (63 a 83%, dependendo da métrica usada) foi estatisticamente consistente com as temperaturas observadas posteriormente, principalmente após contabilizar as discrepâncias entre as mudanças projectadas e observadas nas concentrações atmosféricas de CO2” revela o estudo.
Por outro lado, diz a fonte, “a ExxonMobil estava ciente da ciência climática contemporânea, contribuiu para essa ciência e previu corretamente o futuro aquecimento global. Essas descobertas corroboram e adicionam precisão quantitativa às afirmações de estudiosos, jornalistas, advogados, políticos e outros de que a ExxonMobil previu com precisão a ameaça do aquecimento global causado pelo homem, antes e paralelamente à orquestração de campanhas de lobby e propaganda para atrasar a acção climática e refuta as alegações da ExxonMobil Corp e seus defensores de que essas afirmações são incorretas”.
Numa das notas de destaque, o estudo salienta que os cientistas da Exxon anteciparam que haveria um aumento de 0,2º C por década, devido às emissões de gases com efeito de estufa, produzidos pela queima de combustíveis fósseis.
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