Meio Ambiente
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Integridade Pública (CIP) denuncia o que classifica de crimes ambientais praticados por três empresas chinesas que operam no sector de extração mineira.
O estudo, cujos resultados foram apresentados a público nesta quarta-feira (28), visa as empresas Dingsheng Minerals, que opera no distrito de Chibuto, província de Gaza, África Great Wall Mining Development Company Ltd que opera na Zambézia, cobrindo os distritos de Inhassunge e Nicoadala, e Haiyu (Mozambique) Mining Co. Lda, com operaçoes em Angoche, na província de Nampula, ambas na mineração de areias pesadas, acusando-as de crimes ambientais que vão desde a destruição de habitats sensíveis até a poluição ambiental, gerando graves impactos para as comunidades.
“Contrariando as expectativas das empresas extractivas de catapultar o desenvolvimento local, notou-se, em alguns casos, que houve redução da qualidade de vida de algumas comunidades, devido à perda de meios de subsistência, como a terra para a prática da agricultura, e à dificuldade para o acesso a água, lenha, material de construção, entre outras situações”aponta o estudo.
Realizada entre Agosto e Dezembro do ano passado, o estudo indica que as três empresas agem de forma deliberada, beneficiando das conexões que têm junto de figuras influentes ao nível das autoridades governamentais.
“A situação é de tal forma grave que nos convoca a todos, Governo, sociedade e parceiros, a tomarmos acções urgentes e enérgicas para lidarmos com o problema. Se ainda não podemos afirmar, com certeza, em que medida a degradação do ambiente exacerba os impactos já existentes, causados pelas mudanças climáticas, há uma coisa que podemos fazer: respeitar a natureza – algo que não é mais opcional” conclui a organização.
Falando hoje, a propósito do lançamento do estudo, uma fonte da Procuradoria Geral da República garantiu avaliar os resultados com atenção, devendo agir, caso as evidências mostrem existência de crime.
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