Opinião
Depois de uma semana de muita chuva na província de Maputo e cidade de capital, em particular, cuja dimensão parece ter passado despercebida, pelo menos para a percepção atempada das autoridades meteorológicas e, consequentemente, nas medidas de prontidão para minimizar os danos, é hora de fazer contas.
Os primeiros dados apontam para cerca de 36 mil pessoas afectadas, milhares de hectares de produção afectadas, praticamente destruídas, pastos de gado comprometidos, deixando agricultores, sobretudo os do sector familiar, num autêntico desespero.
Moamba, Matutuíne, Boane, Magude e Manhiça são exemplo de distritos que tem na agricultura, a sua principal actividade. Aqui, as consequências dos efeitos climáticos da semana fazem prever, é certo, um grande golpe para os produtores e criadores de gado.
Depois do dilúvio é hora de fazer as contas. Contas que não sejam o mais do mesmo, que não sejam simples aritmética, para simples estatísticas e relatórios de ocasião.
É preciso fazer contas sobre o que tem vindo a falhar para que, que, de forma recorrente, tenhamos sempre de ser apanhados de calças na mão.
São contas, não apenas para servir de base para aliviar os impactos de hoje, mas para deixarmos de ser eternos reactivos para cada vez mais proactivos.
As contas de hoje devem servir de base para se olhar para o futuro com mais segurança e esperança, sempre na perspectiva de que a chuva não seja sempre uma maldição, mas sim, uma bênção.
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