Meio Ambiente

Há pouco mais de uma década que os moradores de Bagamoio, uma comunidade próxima à zona de exploração de carvão, no distrito de Moatize, província de Tete, denunciam problemas ambientais, causados pelas actividades mineiras.
A cada dia ouvem-se na comunidade, histórias diversas relatando casos visíveis de poluição, resultante daquela unidade de mineração.
Elisa Diquissone, uma das moradoras de Bagamoio, diz que não ter dúvidas que esteja a consumir substâncias tóxicas, uma vez que sempre que coloca a sua farinha de milho para secar ao sol, tempos depois nota a presença de poeiras.
Por outro além disso, os moradores denunciam também o que classificam de difícil convivência com os estrondos constantes resultantes de explosões de dinamites e a exposição a fumo negro.
Daniel Mário, outro morador, disse à nossa reportagem que, muitas vezes se vê obrigado a fazer manutenções periódicas na sua casa, para reparar as fissuras causadas pelo tremor de terra.
Segundo os moradores, o problema já tinha sido reportado à Vale, antiga concessionária da mina e o mesmo aconteceu à Vulcan, actual proprietária, contudo o problema ainda não foi solucionado.
Contam os moradores que em 2018, uma equipe integrando membros do governo fez registo das comunidades à volta da mina para, alegadamente, inseri-las num pacote de compensações, “mas até hoje não receberam nada”.
O administrador de Moatize, Eugênio Muchanga, reconhece a existência do problema denunciado pelas comunidades e diz que foi criada uma comissão multissectorial para encontrar solução, e os resultados serão apresentados até final de Agosto próximo.
Enquanto isso, o ambientalista Pinho Pires lamenta o que classifica de lentidão na resolução do problema.
Como uma das soluções, a fonte sugere a “colocação de uma cortina vegetal à volta da mina que possa absorver grandes quantidades de dióxido de carbono”.
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