Meio Ambiente
Depois de um dia de folga, as negociações retomaram nesta sexta-feira, com os delegados a fazerem o derradeiro esforço para um acordo final que vai marcar a cimeira de Dubai.
Quando faltam quatro dias para o fim da conferência, os delegados retomaram as sessões tentando chegar a um acordo para eliminar ou reduzir gradualmente os combustíveis fósseis.
No palco de todas as discussões, mais de 800 líderes pedem acordo para manter vivo o compromisso da meta da redução do aquecimento global em 1,5ºC.
Através de uma carta dirigida ao Presidente da COP28, diversos líderes, incluindo cientistas, ONG, religiosos e dirigentes de algumas das grandes multinacionais, pedem um acordo final que mantenha o aquecimento de 1,5°C ao alcance.
“Ao entrarmos nos últimos dias da COP28, estamos num ponto de viragem” indica a carta, frisando que “embora haja sinais de transformação à nossa volta, a emergência climática está a cortar com mais força do que nunca”.
A missiva, divulgada nesta sexta-feira, descreve três aspectos que classifica como sendo cruciais para alcançar o que considera de “ponto de inflexão positivo”, nomeadamente:
“Eliminação progressiva ordenada de todos os combustíveis fósseis de uma forma justa e equitativa, em linha com uma trajectória de 1,5°C”, assegurando ao mesmo tempo a triplicação da capacidade global de energia renovável até 2030 em relação aos níveis de 2022 e a duplicação da eficiência energética.
Por outro lado, aponta a necessidade da criação de um “ambiente propício ao aumento do financiamento público e privado, com os países desenvolvidos a assumirem a liderança na acção e no apoio; colocar um preço no carbono e triplicar os investimentos em energias renováveis”.
“A interrupção e reversão do desmatamento e da degradação da terra, bem como da biodiversidade e outras perdas de ecossistemas até 2030; garantir sistemas alimentares resilientes e cumprir um forte objectivo global em matéria de adaptação”.
Deste modo, os signatários afirmam que estes resultados precisam de ser apoiados pelas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) dos países e pelos seus Planos Nacionais de Adaptação muito antes da COP30, em 2025.
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