A comissão de certificação Halal manifesta preocupação com a proliferação de matadouros e talhos de comercialização de carnes usando a marca sem, no entanto, seguir os requisitos exigidos pela religião islâmica.
De acordo com Faiyaz Mayet, coordenador da Comissão Halal Moçambique, o crescimento do número de pontos de venda e abate usando falsas qualidades está a contribuir para retrair o consumo de carnes por parte da comunidade islâmica.
“Preocupa-nos que as pessoas, muito livremente e de ânimo leve, façam uso do halal. Isso não só põe em causa o nome da comissão, mas também o termo em si” disse Mayer, cotado pelo Notícias, na sua edição deste sábado (23).
Segundo a fonte, só na vila de Marracuene (3o Om do centro da cidade de Maputo) “há pelo menos 30 talhos num espaço de três quilómetros ou menos e somente três estão certificados”.
Na lista das regiões que mais falsários existem estão, segundo a comissão, a província de Maputo e as cidades de Nampula e Chimoio.
A existência de centros de abate clandestino e a venda desordenada de carnes são os aspectos apontados como estando a contribuir para o aumento de caso de burlas usando falso halal.