Meio Ambiente

No dia em que o mundo celebra o Dia do Ambiente, materias plásticos voltam a fazer soar os alarmes em Moçambique.
A Cooperativa de Educação Ambiental Repensar e o movimento Let’s Do It Moçambique submeteram uma petição ao Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Miro Albino, exigindo medidas legais urgentes para reduzir e eliminar os plásticos de uso único no país.
Na petição, os ambientalistas denunciam o agravamento da poluição causada por plásticos descartáveis, como garrafas PET, sacos plásticos, embalagens de esferovite, talheres e copos descartáveis, cada vez mais visíveis em zonas urbanas, rurais, nos rios e ao longo da costa moçambicana.
Esses resíduos, alertam, causam impactos severos à biodiversidade e ao meio ambiente.
Os signatários também alertam para os riscos à saúde pública. Segundo o documento, a acumulação de lixo plástico nas comunidades contribui para a proliferação de doenças como a malária e a cólera, além de queimar esses resíduos liberar substâncias tóxicas que podem provocar doenças respiratórias e cancro.
A petição destaca ainda estudos recentes que identificam a presença de microplásticos no sangue humano, nos pulmões e até na placenta de mulheres grávidas.
Tal fenómeno preocupa especialistas pelas possíveis consequências a longo prazo, como inflamações, desequilíbrios hormonais e doenças crónicas.
O documento sublinha ainda que os plásticos descartáveis aumentam os custos de gestão de resíduos e prejudicam sectores económicos vitais, como o turismo e a pesca. Além disso, os resíduos sólidos obstruem valas de drenagem, agravando as inundações urbanas durante a época chuvosa.
Embora reconheçam a existência do Decreto n.º 13/2015, que regula o uso de sacos plásticos em Moçambique, os ambientalistas criticam a sua aplicação limitada e defendem a aprovação de uma legislação mais abrangente, que abranja outros tipos de plásticos descartáveis amplamente disseminados no território nacional.
Compartilhar