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Sociedade

Acção climática entra na agenda das igrejas em Moçambique

O que antes era interpretado apenas como um sinal bíblico do “fim dos tempos” passou a exigir uma nova abordagem à luz da fé.

As igrejas nacionais filiadas ao Conselho Cristão de Moçambique estão a intensificar o seu envolvimento em actividades de activismo ambiental, como forma de contribuir para o movimento global pela acção climática.

De acordo com o presidente daquela organização, reverendo Rodrigues Dambo, a igreja tem vindo a abandonar uma postura de distanciamento face às questões ambientais.

O que antes era interpretado apenas como um sinal bíblico do “fim dos tempos” passou a exigir uma nova abordagem à luz da fé.

“Inicialmente, a igreja olhava para as mudanças climáticas como uma manifestação do fim dos tempos. E, sendo o fim, não haveria nada a fazer senão aguardar. Mas, ao longo do tempo, percebemos que é preciso considerar também a acção humana que está a acelerar esse processo. Por meio de estudos científicos, a igreja passou a compreender melhor o fenómeno”, explicou o reverendo, à margem do workshop sobre “Diálogo de Género e Mudanças Climáticas”, realizado nesta terça-feira (3), na cidade de Maputo, sob os auspícios do Comitê Ecuménico para o Desenvolvimento Social (CEDES).

No novo entendimento, as igrejas são chamadas a uma actuação mais proactiva, contribuindo para mitigar os efeitos da crise climática.

“Neste momento, a igreja contribui através da educação e da sensibilização para a redução de práticas nocivas ao ambiente. Algumas congregações estão envolvidas na luta contra as queimadas e outras, contra o desmatamento”, acrescentou.

Recentemente, o CEDES promoveu um encontro na cidade de Chimoio, província de Manica, com foco na capacitação das igrejas para a prevenção de desastres climáticos — incluindo a promoção de resiliência na construção de templos e estruturas comunitárias.

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