O Centro de Integridade Pública (CIP), emitiu nesta quinta-feira (25) uma nota avaliando o informe anual da Procuradora Geral da República, Beatriz Buchilli, sobre a situação da justiça e legalidade no país.
No capítulo sobre os crimes ambientais, onde o informe aponta para o crescimento de casos, com destaques para as áreas de pesquisa e exploração ilegal de recursos minerais e florestais e a caça furtiva, o CIP entende que a PGR tratou o assunto de forma superficial.
“O informe é superficial, carece de análise crítica e detalhada, e falha por não apresentar estratégias claras e eficazes para lidar com os desafios enfrentados”, aponta aquela organização.
Por outro lado, a fonte analisa a distribuição geográfica da incidência dos crimes e também deixa críticas à abordagem contida no informe, sobretudo no que diz respeito à Cabo Delgado, província que, segundo os dados de 2023, registou 23% da criminalidade de toda a zona norte.
“A PGR não abordou adequadamente o facto de que a maioria esmagadora dos crimes, 41%, tenha ocorrido na região norte do país…Cabo Delgado está enfrentando uma guerra de insurgência e o facto de a maioria dos crimes ambientais ocorrerem nesta província deveria ser destacado e detalhado pela PGR” critica a fonte, salientando que só uma análise detalhada das razões do aumento daqueles crimes se pode entender melhor “como combater eficazmente esses crimes”.