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Moçambique deve defender uma transição energética faseada - OXFAM

O director da OXFAM em Moçambique, Romão Xavier, considera que a COP 28 deve servir de oportunidade para o país advogar por uma transição energética justa.

Segundo a fonte, que falava em exclusivo à Revista Terra, Moçambique é exemplo de um país que contribui, “quase nada para as Mudanças Climáticas” mas que “sofre muito mais do que aqueles que contribuem”, pelo que deve usar a Cimeira de Dubai, para se juntar aos países do chamado Sul Global, para defender a necessidade de se reverter a situação.

“Para nós, como OXFAM, a prioridade seria o país se juntar aos outros países na mesma situação e mostrar ao mundo que, para haver uma justiça na transição energética, na transição climática, aqueles que contribuem muito para o efeito das Mudanças Climáticas deveriam ser responsabilizados primeiro para reverter a situação” frisou.

Por outro lado, o director da OXFAM considera que o Governo moçambicano deve advogar na cimeira, para um processo faseado, pois, só assim se pode alcançar um processo justo.

“Moçambique, como muitos países em desenvolvimento, ainda tem desafios básicos. Um dos desafios é o acesso à energia de qualidade e a custos que as pessoas possam suportar. Este discurso deve entrar na narrativa global sobre a transição energética”.

Deste modo, julgo que o país deve realçar que quer avançar na agenda global de transição para fontes mais limpas e sustentáveis, “no entanto, temos que fazer isso assegurando que, aqueles que não têm energia para as diversas necessidades, tenham acesso a um custo comportável”.

“Poderia haver um processo faseado em que aqueles que ainda não têm energia, possam ser permitidos usar fontes não renováveis, aquelas fontes transitórias. Portanto, esse é um discurso que o País poderia levar para alimentar esta narrativa toda de transição energética “, frisou.

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