Filipe Nyusi pede conversão da dívida em financiamento da acção climática

O Presidente da República, Filipe Nyusi, defendeu hoje na cimeira da COP 28 que decorre em Dubai, a conversão da dívida dos países em desenvolvimento com o ocidente e com as instituições multilaterais, em particular, em financiamento para programas de acção climática.
O estadista moçambicano sustentou a posição com base nos impactos que os países do chamado terceiro mundo, no geral, tem sofrido como resultado dos efeitos climáticos.
Paralelamente, Nyusi pediu para que os países em desenvolvimento tivessem acesso a mais financiamento a título concessional.
“instamos as diferentes instituições governamentais e não governamentais para aumentarem o financiamento às acções de investigação e de inovação tecnológica, porque, com o conhecimento científico, as comunidades poderão saber como melhor se adaptarem às mudanças climáticas”, advogou o estadista.
Ainda na sua intervenção, o Presidente moçambicano falou das iniciativas em curso no país ao nível da acção climática, nomeadamente, o negócio dos créditos de carbono
Destacou a adesão à iniciativa africana de mercados de carbono, salientando o início da elaboração do Plano de Activação dos Mercados de Carbono.
Segundo revelou, o processo está actualmente na fase de “negociação com alguns países” para celebrar acordos de venda dos créditos de carbono.
Para além das potencialidades no negócio do carbono, o governante falou das potencialidades que o país possui no sector energético, com destaque para as energias renováveis e a chamada economia azul.
Numa abordagem mais global, Nyusi juntou-se ao movimento em prol de uma acção climática imediata, salientando que “diar a acção climática hoje é um claro investimento na destruição, de forma irreversível, do planeta e da humanidade”.
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