
– O objectivo da empresa é a diversificação da matriz energética tendo como meta, produzir cerca de 200 MW de energias renováveis nos próximos anos.
A empresa Electricidade de Moçambique (EDM) e a Africa50, uma plataforma criada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), assinaram na última sexta-feira, quatro memorandos de entendimento que tem como objectivos, desenvolver Projectos de Produção e Transporte de Energias Renováveis no país.
Os memorandos, rubricados pelos Presidentes dos Conselhos de Administração das duas entidades, nomeadamente, Marcelino Gildo Alberto (EDM) e Alain Ebobissé (Africa50), enquadram-se “no âmbito das iniciativas que visam impulsionar a Transição Energética em Moçambique” indica um comunicado de imprensa recebido na nossa redaccão.
Ao abrigo dos memorandos, “a Africa50 irá cooperar com a EDM no desenvolvimento, financiamento, construção e operação das Centrais Solares Terrestres de Montepuez, em Cabo Delgado, e Angoche, na Província de Nampula, com a capacidade instalada de 100MW e 60MW, respectivamente, englobando a componente de armazenamento de energia”.
“Os acordos incluem, ainda, o desenvolvimento da primeira Central Solar Flutuante de 100MW, no reservatório da Central Hidroeléctrica de Chicamba, com o objectivo de utilizar as superfícies de água existentes para a produção de energia, poupando, assim, as terras aráveis para fins agrícolas” indica o comunicado.
Por outro lado, as duas entidades vão implementar, em conjunto, projectos de transporte de energia eléctrica, nomeadamente, a Linha Metoro – Montepuez – Marrupa (285 km e 220kV), a Linha Maputo – Matutuine (72km e 400kV) e a Linha Massinga – Vilankulo (200 km e 110kV). Os três (03) projectos incluem a construção das respectivas Subestações.
Reagindo aos acordos, o PCA da EDM frisou que “com a aposta na diversificação da matriz energética, esperamos produzir, nos próximos anos, cerca de 200MW em energias renováveis, sendo que, deste modo, a EDM coloca-se na vanguarda da transição energética, alinhando-se, igualmente, aos pressupostos do Acordo de Paris, visando a redução do aquecimento global”.
Refira-se que durante a COP 28, que decorre no Dubai, o Governo moçambicano lançou a Estratégia Nacional de Transição Energética, um projecto que assenta em quatro pilares, nomeadamente, a expansão da capacidade de energia renovável, a promoção da industrialização verde, o fomento ao acesso universal à energia e a descarbonização dos transportes através de biocombustíveis.
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