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Director da AIEA fala da energia atómica como opção para combater as alterações climáticas

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), um órgão da ONU que responde pelos assuntos nucleares, defendeu nesta quinta-feira em Dubai, que o mundo precisa mais energia nuclear para combater as alterações climáticas e responder á crescente demanda de eletricidade.


Citado pela imprensa internacional, Rafael Grossi, que falava logo á sua chegada na capital dos Emirados Árabes Unidos (EAU), salientou que a inclusão da energia nuclear na cimeira do clima (COP28), é uma prova de  que ponto o tema deixou de ser “tabu”.

Ainda assim, aquele dirigente reconheceu a prevalência de um grande desafio para a sua agência, monitorar os programas nucleares dos países, com destaque para o Irão, na sequência da suspensão do acordo nuclear de 2015 com as potências mundiais.

“Isto costumava ser mais fácil quando existia este consenso internacional e o Irão podia ver que não se tratava de pressão política, mas de uma abordagem generalizada que consistia em ver o Médio Oriente, uma das regiões mais voláteis do mundo, não adicionar à mistura a possibilidade de um país obter armas nucleares”, frisou a fonte, em entrevista à agência Associated Press.

Por outro lado e, apesar das suas convicções acerca da energia nuclear para combater as alterações climáticas, Rossi alertou que o facto de mais países adquirirem armas nucleares poderia criar gerar consequências imprevistas.

“É uma tendência muito, muito complicada e potencialmente perigosa”, sublinhou.

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