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“Reformular o mercado de carbono a favor de África” – defende relatório da AFC

A Corporação Financeira Africana (AFC) defende que o continente deve aproveitar melhor o mercado de carbono, apostando na conservação e regeneração das florestas, e não na venda e exploração por empresas estrangeiras.

A ideia foi defendida nesta segunda-feira em Dubai, pelo presidente daquele organismo, Samaila Zubairu, durante a apresentação de um relatório intitulado “Como Pode África Desbloquear a Solução Mais Promissora para as Emissões Zero”.

“O mundo está a puxar África para repetir os erros do passado. Em vez de maximizar o valor económico dos nossos activos naturais, os intermediários estrangeiros estão a tentar obter licenças de exploração e compra das nossas terras, esperando lucrar com um preço mais apropriado do carbono, o que materializa a ‘maldição dos recursos’ de décadas passadas”, disse Zubairu.

Segundo se advoga no relatório, o continente africano deve se posicionar como o centro para créditos de carbono de elevado valor e integridade.

“Em vez de vender os nossos direitos de utilização da terra ao mercado desvalorizado do carbono, devíamos focar-nos na conservação e reflorestação liderada por atores locais, que teriam a seu cargo o financiamento, a verificação e o comércio” dos níveis de cancelamento das emissões nocivas para o planeta, defendeu Zubairu.

Refira-se que a AFC é uma entidade criada em 2007 para potenciar o investimento privado em infra-estruturas em África.

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