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Sociedade

Mulheres camponesas acampam para denunciar impactos do extractivismo

Cerca de 100 mulheres camponesas de várias províncias reúnem-se esta quinta e sexta-feira (27 e 28 de Novembro), na Escola Campesina de Mafuiane, em Namaacha, num encontro que pretende debater os impactos da indústria extractiva e reforçar formas de resistência comunitária.

O encontro, designado “acampamento político” e que já na sua terceira edição, é organizado pela associação Hikone Moçambique e funciona como um espaço de escuta e articulação para mulheres directamente afectadas pela exploração de recursos naturais.

Segundo a organização, os projectos extractivos têm alterado profundamente a vida das comunidades, fragilizando a soberania alimentar e agravando desigualdades.

Em nota enviada à nossa redacção, a Hikone alerta que as “mulheres enfrentam, cada vez mais, perda de terras, deslocamentos, violência e precarização dos meios de subsistência”.

Sob o lema “A resistência camponesa é a semente de um novo modelo económico”, o acampamento incentiva a partilha de testemunhos, denúncias e propostas baseadas em práticas agro-ecológicas.

Para Olga Muthambe, membro da Direcção da Hikone, o encontro é “crucial para fortalecer a luta e garantir que as nossas demandas cheguem ao Governo e aos espaços de diálogo nacional”.

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