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Patrões pedem corredor de segurança para evitar colapso da economia

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), organização que representa o sindicato dos patronatos nacionais, pediu ao Governo, a introdução de escoltas militares permanentes nos principais corredores de desenvolvimento no país, para garantir segurança no transporte de mercadorias.

O pedido foi apresentado ontem pelo patronato, num encontro com o Presidente da República, onde a organização foi alertar sobre os riscos que as manifestações pós-eleitorais, que já duram há 26 dias estão a ter na economia.

“Pedimos a introdução de escoltas, no modelo do que as Forças de Defesa e segurança faziam durante a tensão político-militar na zona centro. Recebemos indicação de que teremos segurança, escoltas militares para os principais corredores do país”, explicou hoje o presidente da CTA, Agostinho Vuma, em conferência de imprensa.

De acordo com dados apresentados pelo patronato, o sector privado já perdeu cerca de 28.4 mil milhões de meticais, por causa das manifestações que continuam a paralisar o funcionamento normal das empresas, com algumas vandalizações à mistura, e alerta para o iminente risco de colapso da economia.

“No Corredor da Estrada Nacional Número quatro (que liga a cidade de Maputo e a fronteira de Ressano Garcia), os camiões que usam o nosso porto (Porto de Maputo), estão a 72 horas parados e com filas de mais de 20 quilómetros do outro lado da fronteira”, explicou Vuma, lançando um alerta; “Consequências destas manifestações são severas. Temos empresas multinacionais que fizeram investimentos e que projectam a declaração de força maior para paralisar as suas actividades”.

Paralelamente ao corredor de segurança, o patronato pediu ao governo a introdução de uma trégua, enquanto procura os caminhos de diálogo para pôr fim á actual crise.

África do Sul suspende transporte de carga

O governo da vizinha África do sul anunciou nesta segunda-feira o encerramento temporário da fronteira de Lebombo, principal ligação com Moçambique, devido à instabilidade em curso.

Falando em conferência de imprensa em Pretória, a Ministra dos Transportes Barbara Creecy exortou aos sindicatos do sector de transportes, com destaque para as operações de carga de minérios, para suspenderem, temporariamente as actividades transfronteiriças, até que haja garantias de retoma de normalidade na circulação do lado moçambicano.

Por outro lado, a ministra classificou a situação dos motoristas que já fazem cerca de 30 quilómetros de fila para a entrada em Moçambique, como sendo desumana e apelo à solidariedade dos sindicatos.

“Pedimos para não enviarem camiões para a fronteira. A situação  para os motoristas ao longo da estrada é desumana. Não há condições de sobrevivência ao longo da estrada, não água e não alimentação”, alertou a ministra.

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