Meio Ambiente
As autoridades da Área de Protecção Ambiental (APA) da Ponta Malongane, região turística localizada no interior do distrito de Matutuíne, região Sul da província de Maputo, estão preocupadas com os índices de queimadas praticadas pelas comunidades ali residentes, pela elevada ameaça que a situação representa para a biodiversidade local.
Falando, recentemente, à nossa reportagem, o administrador daquela área conservacionista, Luís Buchir, apontou as queimadas como sendo o principal desafio que a zona enfrenta.
“As queimadas são as que mais nos preocupam, porque têm sido muito recorrentes, principalmente nos meses de Agosto e Setembro, quando as comunidades tentam mudar o tipo de solos”, explicou o administrador, à margem de actividade ambiental promovida pela Associação Moçambicana de Reciclagem (AMOR), naquela área.
Localizada numa área costeira, a APA da Ponta Malongane distingue-se de muitas áreas de conservação, porque permite assentamentos humanos no seu interior. E é por causa desta situação que a região vem registando grandes desafios ambientais que, para além dos que resultam das queimadas, juntam-se à erosão.
“Porque estamos numa costeira, aqui há uma tendência de destruir as dunas para a construção de casas”, explicou.
Outro problema que preocupa as autoridades é a gestão de resíduos sólidos, dentre os quais, alguns poluentes.
Para lidar com este problema, a APA têm beneficiado de iniciativas de algumas organizações da sociedade civil que levam às comunidades programas visando capacitar as comunidades a adoptarem práticas ambientalmente sustentáveis.
No passado mês de Agosto, por exemplo, a AMOR levou àquela região um programa designado “Pescador-Catador”, que promovia campanhas de recolha de resíduos em troca de algum rendimento para as comunidades, para além de outras actividades de gestão ambiental.
As autoridades da Ponta destacaram a importância das parcerias com organizações da sociedade civil como estando a trazem impacto na consciência ambiental das comunidades.
“A Cooperação com AMOR, em particular’ e outras organizações da sociedade civil, no geral, têm sido importante para dar impulso às metas do Governo. Os resultados são visíveis, sobretudo nas escolas. É só ver os trabalhos de artesanato que as crianças fazem a partir de produtos recicláveis e, mais do que isso, há garantia de termos uma área limpa e o crescimento da consciência ambiental”, avaliou.
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