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Sociedade

Famílias abandonam campos de produção devido a nova vaga de ataques terroristas em Macomia

Diversas famílias das aldeias V Congresso, Chai-sede, Litamanda e Nova Zambézia, no distrito de Macomia, Centro de Cabo Delgado, abandonaram desde semana passada os seus campos agrícolas, na sequência dos últimos ataques terroristas, que também resultaram na queima de palhotas e saque de bens.

Hoje, acolhidas em centros temporários estabelecidos nos bairros Nanga A e B, na vila sede de Macomia, as famílias em causa correm o risco de perder todo seu esforço nos campos de produção (lavoura e sementeira), caso a insegurança prevaleça nas suas zonas de origem.

“Elas não podem fazer nada, a semente que tinham já lançaram e aqui ainda não foram indicados nova área para cultivar, e o tempo é este, porque está a chover bastante por aqui. Então tudo está complicado para essas pessoas”, disse um morador a partir da vila de Macomia.

O Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários estima que entre finais de Dezembro e princípio de Janeiro corrente, mais de 800 pessoas deslocaram-se das aldeias aos bairros Nanga A e B tendo deixado tudo atrás incluindo os seus campos agrícolas.

“Cerca de 819 pessoas (224 famílias) incluindo 412 crianças fugiram para Macomia sede e encontram-se actualmente refugiadas em Nanga A, Nanga B e Changane. Cerca de 112 indivíduos (27 famílias), entre os quais 57 crianças, fugiram de barco para a ilha de Matemo, no distrito de Ibo”, lê-se no seu mais recente resumo sobre a situação humanitária para o distrito de Macomia.

Com o regresso da população às duas aldeias, a actividade agrícola estava a tomar vida, depois de nos anos passados os moradores ter abandonado as suas zonas devido aos ataques terroristas.

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