Mercado
Cerca de 150 mil toneladas de feijão-bóer continuam retidas nos portos nacionais, à espera de autorização alfandegária, para a exportação com o destino à Índia.
A situação decorre de mais um episódio do conflito de lobbies em torno do negócio que desde o segundo trimestre do presente ano está a agitar o o país.
De acordo com dados que tivemos acesso, o Tribunal Administrativo acabou deliberando a favor da liberalização do mercado de exportação, na linha do que tinha sido decidido pelo Ministério da Indústria e Comércio (ler detalhes).
Apesar da decisão judicial que, aparentemente, era a barreira que vinha travando as exportações, a questão está agora a ser travada pelas alfândegas.
De acordo com o jornal Savana, na sua edição online, “as alfândegas dos portos de Nacala e Beira continuam a não respeitar a mais recente decisão do TACM (Tribunal Administrativo da Cidade de Mapu) não autorizando exportações”, por motivos ainda por apurar.
Enquanto isso, a Associação dos Exportadores de Nampula, uma das províncias com maior volume de produção do feijão-bóer, diz que os constrangimentos trazidos pela guerra do feijão estão a comprometer outras mercadorias agrícolas produzidas ao nível local.
Trata-se da castanha de caju, que também está na fase de exportação, mas que está a enfrentar dificuldade de armazenamento, uma vez que os armazéns estão ainda abarrotados pelo feijão-bóer.
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