Sociedade
Pelo menos 800 mil pessoas e 280 mil hectares de áreas potencialmente agrícolas poderão ser afectadas pelas cheias ou inundações ao longo da próxima época chuvosa, sobretudo na região norte do país, onde as previsões meteorológicas apontam para a ocorrência de chuvas que poderão variar entre o normal e acima do normal.
A informação foi avançada nesta sexta-feira pela Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos (DNGRH), que admite que o número pode subir, em função de outros factores, nomeadamente, a ocorrência de ciclones.
“Em termos de impactos nós estamos a prever, só de cheias, sem incluir a questão dos ciclones, mais ou menos 800 mil pessoas que podem ficar afectadas e 280 mil hectares de áreas potencialmente agrícolas” revelou Agostinho Vilanculos, técnico da DNGRH, durante o Décimo Fórum Nacional de Antevisão Climática, que teve lugar na cidade de Maputo.
De acordo com a fonte as bacias do Búzi, Púnguè, Zambeze e Licungo, na região centro, são as que apresentam maior risco de ocorrência de cheias, sobretudo na segunda fase da época chuvosa (Janeiro, Fevereiro e Março de 2024), que em função de factores como possível ocorrência de ciclones, podem elevar o nível de impactos previstos.
“Esta previsão pode se agravar, a partir do momento em que tivermos situações de ciclones, mas se não tivermos situações desta natureza, nós estamos a prever cheias de magnitude moderada e moderada-alta” realçou a fonte.
Para a zona norte, as atenções vão para as bacias de Messalo, Megaruma, Montepuez e Lugenda, onde também há um risco de ocorrência de cheias de magnitude moderada a alta.
Refira-se que dados oficiais do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural indicam que no presente ano, pouco mais de 409 mil hectares de áreas de produção agrícola ficaram afectados pela época chuvosa, dos quais, 133 mil hectares de produtos ficaram perdidos.
Compartilhar