Meio Ambiente
A comissária da União Africana, Josefa Sacko, classifica a situação das alterações climáticas como uma “pandemia” que contribui para desviar o continente dos planos de desenvolvimento, para concentrar os recursos na resposta aos efeitos ambientais.
Falando ontem em Nairobi, a capital do Quénia, na abertura da sessão plenária da reunião ministerial da Cimeira Africana sobre o Clima, Sacko realçou que os governos africanos usam cerca de 2% dos seus fundos para investir na resposta aos desastres climáticos e projectos de adaptação.
Aquela dirigente frisou que “os custos das alterações climáticas em África são muito altos”, chegando a representar perdas económicas na ordem de 5% do produto interno bruto (PIB) anual no continente.
Perante o actual cenário, a fonte disse ser urgente que o continente se una para empreender mudanças, sendo este um dos principais objectivos da cimeira de Nairobi.
“Juntos pretendemos elevar o discurso em torno das mudanças climáticas e reunir apoio para uma arquitectura financeira que seja especificamente adaptada para África, tendo também em mente a resiliência e sobrevivência dos recursos abundantes do continente à medida que acelera a transição para a economia resiliente às alterações climáticas”, sublinhou.
Nesta terça-feira, um dos discursos do dia será feito pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, devendo destacar algumas iniciativas do país ligadas às alterações climáticas e seus impactos negativos.
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